quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

DANÇA DA VIDA!


Recordo hoje...a primeira vez que gerei...Eu era gaia, o Grande Espirito, vindo através do caos para gerar o principio.
Após meditar no meu vazio, resolvi te gerar...nasceste Ouranos, o céu, e celebramos o Mistério da Iniciação.
Então, eu quis te tocar...quis a vida e, em minha capacidade fecunda, me fiz a Terra...Depois, te gerei a vida sobre mim.
E fomos, desde então, a dualidade sagrada...A terra e o mato, o sol e a lua, a fêmea e o macho.
Durante séculos, geramos as faces da nossa existência.  Cultivamos e abençoamos cada dualidade e sua união sagrada, perpetuamos a trindade divina...
Fomos Isis, Osíris e Horus...Maya, Zeus e Hermes...Bona Dea, Júpiter e Mercurio...E também fomos nossos próprios filhos, Perséfone, Apolo, Atenas, Lugh...




O tempo passou e, também nele, nós estávamos...Mesmo quando fomos negados por nossa criação, permanecemos...Eu rainha dos céus, portadora do Cálice Sagrado, e tu meu filho e semeador de minha terra...
Dentro de teus templos, fui a abelha fecunda de tua iniciação. Sempre em busca do equilíbrio, nos fazemos presentes em tudo que geramos, um à espera do outro, um nutrindo o outro. Completando o mistério e o rito.
Hoje, somos o ciclo da vida no planeta...Tu, meu filho, sempre renasces com o inverno na eterna dança circular da vida, às vezes, alguém te reconhece e te nomeia...Teus nomes já foram muitos: Krisha, Buda, Mitra, Dionisio, todos os deuses solares do do solstício, todos gerados por minhas faces virginais.
Sempre nascerás de mim, serás a criança da Promessa Divina e crescerá correndo por minha face terra espalhando suas sementes; serei a Donzela de seu destino. Iremos nos unir na Primavera, e nossos frutos florescerão pelo planeta. Nosso amor sustentará eternamente o mundo...Quando chegar a hora, irás te entregar em grãos aos nossos filhos e rás te deixar cair em meus braços, pois sentirás o fio de minha lâmina a te ceifar. Teu sacrifício será para que todos se nutram. Farei de teu túmulo meu corpo. assim sentirás a terra se transformando em útero e adormecerás novamente em emu ventre. De tua face, Senhor da Morte, renascerá outra e outra vez,  a cada Inverno! Pois este é o grande mistério que rege a vida, a eterna dança circular do Amor.


domingo, 19 de janeiro de 2014

TRADIÇÃO ORAL DAS BRUXAS


Reza a tradição, que cada ser humano recebe um dom da Deusa quando do seu nascimento.
Este dom se manifesta como um grande sonho; e é tarefa de cada um, sonhar o seu sonho, deixar que seu sonho se manifeste livremente, para que seu dom se manifeste, ou seja, para que o destino se cumpra.
Negar a natureza ao seu sonho é negar a natureza do seu dom.
Negar a natureza de seu sonho fara que ele se transforme num pesadelo que  perseguira implacavelmente o individuo.
Desta forma seu dom se transformará em uma maldição e assim mesmo  o seu destino se cumprirá.